O início de cada ano no esino médio tem uma certa expectativa, de como serão os colegas novos, e se vamos passar para o próximo ano ou se levaremos bomba por não estudar ou não nos esforçar-mos o suficiente.
Eu perticularmente comecei a estudar antes naquele ano pois havia começado a fazer um curso técnico de mecânico de usinagem, afinal como dizia minha mãe: - Tu precisa aprende uma profissão guri!!.
Mas isso só trazia-me um problema, eu ficava impossibilitado de realizar atividades extra-escolares, afinal de contas, no turno reverso as aulas eu estava no SENAI.
Como ja era de se esperar, colegas novas, e portanto mais chances de aumentar minha "fama" que até então eu desconhecia, e que talvez nunca tenha existido, pois aquilo acabava degradando minha imagem, mas eu estava completamente obsecado em tentar jogar pra longe o meu sofrimento do passado.
Sempre me dei bem nas provas da escola, apesar de nunca estudar. Minha imprudência chegou a tal ponto que, em um dia de provas, achei melhor "ficar" com uma menina atrás de um dos pavilhões da escola, e não compareci para a prova. Aquilo complicou um pouco minha vida próximo ao fim do ano afinal eu havia perdido muita nota ao perder a prova. Mas com um pouco de malandragem consegui contornar a situação.
Apesar de muitas chances aparecerem nesse ano meu "embalo" havia diminuido, e eu ja não tinha tanta vontade de agir como agia antes. Mas mesmo assim manti uma média boa de indiferênça para com as meninas da classe.
Parecia que aquele ano passaria batido na memória afinal nada nele chamou minha atenção para ser relatado aqui.
Nada além de beijos em desconhecidas e olhares daqui e dali, isso até me frustrava um pouco, eu realmente precisava daquilo, daquela pressão que ja não era a mesma do ano que passara.
A essa altura meu hábito de fumar havia aumentado um pouco, eu ja havia aprendido a tragar e fumava escondido, porém muito pouco, um ou dois cigarros a cada 3 dias, mas isso nunca abalou minha confiança, até então, eu achava que conseguiria parar no momento que eu quisece.
Uma das poucas coisas que deixaram lembranças, foram as famosas festinhas na casa da Bianca, onde sempre compareciam quase as mesmas pessoas, meninas que formavam um circulo próprio de realcionamento, onde 3 ou 4 meninas andavam sempre juntas, quase coladas para cima e para baixo no pátio da escola. Mesmo chamando minha atenção, sempre faltava-me uma certa coragem para fazer contato mais direto com elas, mesmo sabendo o que chegava aos seus ouvidos a meu respeito. E no dia em que tentei fazer contato com elas, conversar coisas mínimas mas porém constantes, ou periódicas, apenas para ganhar "conhecidas".
Mostraram-se receptíveis, umas mais que outras mas havia uma que nem sequer me olhava diretamente, não por timides, mas talvez por indiferença, ou por não me achar interessante. E no início eu não dara bola para a situação, eu simplesmente não notei, pois eu era indiferente a qualquer menina, e aquilo não abalaria meu jeito de agir e pensar. Ana Cláudia era o nome dela, e eu também havia notado que ela ja era minha colega desde o 1° ano mas eu não percebera até certa data.
O ano passou rápido demais, não sei se porque eu ja tinha mais coisas para me preocupar, como o curso, ou se passou rápidor pela falta de coisas realmente interessantes, ou meninas interesantes. E quando acabara eu não percebi que o próximo ano seria o último ali e que seria minha última chance de fazer-me conhecido, visto e notado.
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