Esse diálogo aconteceu em um segundo dentro da minha cabeça logo após ter reencontrado-a, e foi o bastante para que o leão soltasse um rugido feroz. Como se meus erros e culpas me agredissem violentamente, me fazendo lembrar o quanto ela era importante, e que era melhor eu levar a surra e não ela. Era eu pensar em ir adiante com ela que eu sentia os dentes fortes do leão cortando minha alma.
Eu sabia que se não a deixasse eu teria forças para mata-lo de uma única vez mas o medo era tremendo.
Os dias passando rápido e os passos para a depressão aumentavam. Minha atração por ela crescia de forma descomunal, quase anabolizando paixão e inflando-a. Quanto mais eu pensava em abrir a guarda e ama-la sem restrição, mais eu ouvia rugidos tenebrosos.
- Ela é importante demais. Não posso cometer as mesmas atrocidades, seria muita estupidez de minha parte. Ela é a única coisa que não me deixa cair no abismo –
Mesmo sem perguntar a ela, eu podia sentir aquela ligação do passado, e também podia ver nos olhos dela que aquilo não morrera com o tempo. Quanto mais tempo passava com ela menos o leão tinha forças, e agora ele só rugia, não tinha forças para me morder. Quando a dose de Thalila era forte o suficiente o leão adormecia e então pude desfrutar de momentos inesquecíveis ao lado dela. Irei guarda-los para sempre.
É fácil ama-la. Difícil não quere-la por perto, e isso me deixava ansioso. Eu mal a via e já estava assim. Ficava me perguntando sobre os amigos mais próximos dela, o que sentiam, quantos já não se apaixonaram assim por ela, quantos sentem o mesmo que eu. Duas ou três vezes por semana para mim eram sagrados. Sua companhia era como uma droga, eu precisava de cada vez mais.
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