A passagem da minha infância para adolecência, ocorreu sem muitos problemas ou fatos interessantes, e talvez essa monotonia tenha causado tantos efeitos diferentes quando cheguei a idade adulta. Vive até meus 5 anos naquela casa nostaugica, e então nos mudamos para um apartamento, onde vivi por alguns meses. Lembro poucas coisas daquele lugar, logo em seguida voltamos ao bairro onde nasci e agora vivia numa casa maior porém, estava só a alguns metros da antiga residência onde dei meus primeiros passos.
Isso não me incomodava, apesar de eu nunca me aproximar dela. Mas minha memórias começam a ficar mais nítidas sobre a nova casa, e agora as condições financeiras de minha mãe estavam melhores. Apesar de ter se casado novamente, nunca considerei meu padrasto como pai. Ela engravidou desse homem, e quando fiz 6 anos faltavam 4 meses para que minha meia irmã viesse ao mundo.
Minhas melhores recordações vem dessa época. Tempo em que eu jogava bola na rua até tarde, jogava peão, cela, bolita. Até que ganhei meu primeiro video-game, o que me fez deixar os amigos e as brincadeiras de rua um pouco de lado. Descobri então um gosto anormal, e quase um vício por aquele jogos eletrônicos, e o fato de que na escola eu simplesmente estudava, e não tinha muitos interresses além desse, minha passagem pelo ensino fundamental, pelo menos até a 6ª série é quase sonífera de se contar.
As coisas começaram a mudar quando fui para outra escola, devido a mudança que fizemos novamente, minha irmã ja tinha 6 anos e eu acabara de fazer meu décimo segundo aniversário. Na nova escola, encontrei conhecidos, mas nenhum que eu poderia chamar de amigo. Mesmo assim passavamos quase o tempo todo juntos, e o Renato era um deles, pois ja o conhecia da antiga escola - Edgar Fontoura era o nome do colégio de ensino fundamental onde o conheci - e isso facilitou muito as coisas. Uma coisa que me chamou atenção foi que ao chegar a 8ª séria, ou seja, a última do ensino fundamental, comecei a reparar coisas que até então não tinha interesse, e nem sequer vontade de pensar.
As meninas... que mesmo sendo chatas ao meu ver, mesmo assim começavam a chamar-me atenção como nunca. Suas formas e traços eram de uma forma inexplicável, agradáveis de se observar. Meu mundo era tão voltado a video-games e tudo neles, que isso me assustou um pouco: "como poderia uma menina sem graça me fazer perder a concentração..."
Provavelmente nessa época foi que sofri a transformação mais séira no meu visual. Nunca dei bola para isso, e deixei a natureza seguir seu curso, eu usava um penteado inteiro, quase como um capacete feito de cabelos, todos penteados para baixo, e o fato de meu cabelo não ser de certa forma "liso e fino" dava uma inpreção que eu realmente usava um capacete. Com os anos passando não dei-me conta do maldito bigode que crescia silêncioso, e fazendo que meu rosto parecece sujo - que causava um constrangimento que eu não percebia - e então o Renato disse assim debochadamente:
- e esse bigodinho ai??!! - com um ar altamente brincalhão e ofensivo ao mesmo tempo.
Aquilo me fez realmente pensar em tira-lo imediatamente do meu rosto, e esse foi o primeiro passo. Depois disso comecei a preparar meu cabelo de forma diferente do que sempre fora
Depois desses primeiros passos, muita coisa mudou. E o que marcou essa faze dos 14 pros 15 anos foi o primeiro beijo.
Depois desses primeiros passos, muita coisa mudou. E o que marcou essa faze dos 14 pros 15 anos foi o primeiro beijo.
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