Bruna percebeu isso, como ele sempre fez. Sempre teve um sentido a mais, um sexto sentido para essas coisas. Foi assim que ela percebeu meu interesse nela na balada em que nos conhecemos.
Greg por sua vez, era homem e isso lhe dava uma certa desvantagem, ele percebeu algo a mais no ar mas não conseguia distinguir o que era, Thalila tinha uma ótima habilidade de fazer todos a sua volta ficarem seguros e tranqüilos.
-Você a conhece de onde Luan? – Perguntou Greg um tanto desconfiado.
-Não lembro ao certo. – Menti desastrosamente.
-Do colégio. Quarto ou quinto ano, não me lembro ao certo. – Thalila respondeu rápido antes que eu fosse indagado novamente.
-E ainda se lembram um do outro? Acho que eu não lembraria. – Bruna era fugaz o suficiente para me intimidar.
-Minha memória é muito competente, - disse Thalila.
Senti o clima pesar um quilo ou dois a mais, mas logo voltou ao normal. Interrompi a tensão convidando Greg para irmos juntos até a jukebox do bar para escolhermos as próximas músicas. Ele estava ansioso para saber o que eu achava e eu nervoso de mais para responder, enquanto caminhávamos até a máquina pensei em algo para dizer a ele para que eu não me comprometesse e ser imparcial.
- Então? O que você acha? Ela é perfeita não é, é tudo que eu sempre procurei. Acho que vou casar com ela amanha. – Greg terminou a frase com um sorriso de satisfação. Eu sabia que ele não casaria no dia seguinte, porém não duvidava nem um pouco de seu empenho.
- Ela é bonita sim. Casar irmão? Tem certeza? A quanto tempo vocês se conhecem?- Tentei parecer menos ansioso do que ele.
- Faz 2 meses que estamos saindo e te digo uma coisa, parecem 2 anos, sinto que a conheço de longa data. – percebi um brilho no olho de Greg que me perturbava um pouco.
- Não é pouco tempo para você pensar em casamento? Alguns dos nossos amigos são prova viva disso. – Minha voz acelerou um pouco mas a controlei rapidamente.
- Mas ela é única. Nunca conheci ninguém como ela antes. Estou prestes a fazer trinta anos e ainda fazemos piadas de como eu sou o mais jovem no assunto relacionamentos sérios. É a hora perfeita para isso você não acha? – Eu sabia do que ele estava falando, sabia que ela era única.
- Brother, sempre te apoio e dessa vez não vai ser diferente. Se você tem certeza de que é ela, ficarei feliz em ser seu padrinho. Amenos que ela tenha alguma objeção, claro. E também sei que Bruna aceitara de bom grado o papel de madrinha. – Aqueles votos saíram naturalmente, mas me deixaram confuso alguns segundos depois de pronunciá-los.
quinta-feira
...
Éramos 7 ao todo e na próxima saida seríamos 8. Fazíamos muitas coisas juntos como viagens para o litoral, que eu gostava mais. Churrascos, festas entre outras coisas.
As semanas passaram e a alta responsabilidade na empresa me fez esquecer do nosso encontro, e Bruna também estava com a semana cheia pois as provas finais se aproximavam e não tínhamos muito tempo nem mesmo para nós. Eu chegava quase junto com ela em casa, mas a falta de tempo não nos atrapalhava muito. No dia seguinte a data marcada recebi a ligação de Greg um tanto decepcionado.
-Por quê você não apareceu? Falei tanto de você para ela. – sua voz tinha um tom de mágoa.
-Puxa vida! Desculpa brother eu esqueci completamente, e a Bruna também nem se deu conta mas me diz o que eu posso fazer pra reparar meu erro.- meu bom humor nunca me abandonava.
-Sexta-feira nós quatro vamos sair. Vamos a qualquer lugar, não me importa onde. Sei que vocês não tem aula na sexta-feira então não haverá desculpas.-
-Fechado. Te ligo na quinta para confirmarmos o lugar.-
-Vou esperar.- Ele já parecia ter voltado ao normal. É por isso que ele é meu melhor amigo.
-Abração irmão, nos falamos.-
-Abraço.-
Me senti desconfortável com a situação, foram poucas as vezes que falhei com ele, mas eu sabia que Bruna concordaria.
A semana passou rápido, Bruna se saiu bem nas provas e convidei-a para sairmos e comemorar eu, ela, Greg e a bendita namorada dele. Eu conhecia bem o seu gosto por mulheres e sabia que não seria apenas uma mulher e sim a mulher. Provavelmente linda, e com um pouco menos de cultura, ou vice-versa, essa era a qualidade dele, ele sempre escolhia um ou outro quesito, e quando encontrava alguém com os dois seu relacionamento não durava.
Liguei para ele na quinta-feira confirmando o local e na sexta-feira cheguei antes de-le. Estávamos em um bar estilo underground no centro. Alguns casais tomando drinks,alguns jovens comemorando algo que eu não sabia dizer ao certo o que era, uma música agradável tocando no fundo. Eu conversava com Bruna e aproveitava para curti-la bastante, afinal de contas durante a semana passávamos pouco tempo juntos.
Eu estava de costas viradas para a porta.
- Greg chegou, vem vindo para cá. – ela olhava além de onde eu estava e estava com um sorrisinho malicioso no rosto.
- Ela esta com ele? –
- Sim, é muito bonita. – Senti um pouco de inveja na voz dela.
- Bom então podemos esperar um pouco de falta de assunto da parte dela – dei uma risadinha.
Senti a mão de Greg no meu ombro e virei depois de uns segundos.
- Luan, quero te apresentar a pessoa mais especial que já conheci.- Ele estava com um sorriso enorme no rosto, talvez orgulho ou esperança que eu a aprovasse.
- Muito prazer, meu nome é Thalila.- ao terminar a frase ela se deu conta de quem eu era, e eu também fiz o mesmo.
Antes de eu responder ficamos os dois parados por 3 segundos.
-Como pode ser possível? Ela? Não pode ser.-
Ela estava ali na minha frente, depois de tanto tempo, talvez 5 anos desde nossa última conversa. Cinco anos, novamente esse tempo, cinco anos quase exatos.
– Será que isso vai acontecer até o fim dos meus dias? Vou encontra-la de cinco em cinco anos e terei de sofrer tudo novamente? -
As evidências de nosso contato no passado ficaram aparentes o suficiente para Greg e Bruna perceberem, porém eles não deram importância para isso. Nos últimos cinco anos eu havia aprendido a separam muito bem as coisas, os sentimentos. Passamos algumas horas conversando e saboreando alguns drinks.
Eu evitava olhar os olhos de Thalila, por mais difícil que fosse. Aquela influência que ela exercia sobre mim ainda existia.
As semanas passaram e a alta responsabilidade na empresa me fez esquecer do nosso encontro, e Bruna também estava com a semana cheia pois as provas finais se aproximavam e não tínhamos muito tempo nem mesmo para nós. Eu chegava quase junto com ela em casa, mas a falta de tempo não nos atrapalhava muito. No dia seguinte a data marcada recebi a ligação de Greg um tanto decepcionado.
-Por quê você não apareceu? Falei tanto de você para ela. – sua voz tinha um tom de mágoa.
-Puxa vida! Desculpa brother eu esqueci completamente, e a Bruna também nem se deu conta mas me diz o que eu posso fazer pra reparar meu erro.- meu bom humor nunca me abandonava.
-Sexta-feira nós quatro vamos sair. Vamos a qualquer lugar, não me importa onde. Sei que vocês não tem aula na sexta-feira então não haverá desculpas.-
-Fechado. Te ligo na quinta para confirmarmos o lugar.-
-Vou esperar.- Ele já parecia ter voltado ao normal. É por isso que ele é meu melhor amigo.
-Abração irmão, nos falamos.-
-Abraço.-
Me senti desconfortável com a situação, foram poucas as vezes que falhei com ele, mas eu sabia que Bruna concordaria.
A semana passou rápido, Bruna se saiu bem nas provas e convidei-a para sairmos e comemorar eu, ela, Greg e a bendita namorada dele. Eu conhecia bem o seu gosto por mulheres e sabia que não seria apenas uma mulher e sim a mulher. Provavelmente linda, e com um pouco menos de cultura, ou vice-versa, essa era a qualidade dele, ele sempre escolhia um ou outro quesito, e quando encontrava alguém com os dois seu relacionamento não durava.
Liguei para ele na quinta-feira confirmando o local e na sexta-feira cheguei antes de-le. Estávamos em um bar estilo underground no centro. Alguns casais tomando drinks,alguns jovens comemorando algo que eu não sabia dizer ao certo o que era, uma música agradável tocando no fundo. Eu conversava com Bruna e aproveitava para curti-la bastante, afinal de contas durante a semana passávamos pouco tempo juntos.
Eu estava de costas viradas para a porta.
- Greg chegou, vem vindo para cá. – ela olhava além de onde eu estava e estava com um sorrisinho malicioso no rosto.
- Ela esta com ele? –
- Sim, é muito bonita. – Senti um pouco de inveja na voz dela.
- Bom então podemos esperar um pouco de falta de assunto da parte dela – dei uma risadinha.
Senti a mão de Greg no meu ombro e virei depois de uns segundos.
- Luan, quero te apresentar a pessoa mais especial que já conheci.- Ele estava com um sorriso enorme no rosto, talvez orgulho ou esperança que eu a aprovasse.
- Muito prazer, meu nome é Thalila.- ao terminar a frase ela se deu conta de quem eu era, e eu também fiz o mesmo.
Antes de eu responder ficamos os dois parados por 3 segundos.
-Como pode ser possível? Ela? Não pode ser.-
Ela estava ali na minha frente, depois de tanto tempo, talvez 5 anos desde nossa última conversa. Cinco anos, novamente esse tempo, cinco anos quase exatos.
– Será que isso vai acontecer até o fim dos meus dias? Vou encontra-la de cinco em cinco anos e terei de sofrer tudo novamente? -
As evidências de nosso contato no passado ficaram aparentes o suficiente para Greg e Bruna perceberem, porém eles não deram importância para isso. Nos últimos cinco anos eu havia aprendido a separam muito bem as coisas, os sentimentos. Passamos algumas horas conversando e saboreando alguns drinks.
Eu evitava olhar os olhos de Thalila, por mais difícil que fosse. Aquela influência que ela exercia sobre mim ainda existia.
Continuação...
Senti como se meu antigo temperamento atingisse um murro em cheio no rosto do altruísmo que eu sustentava e o cansaço era muito grande e ele assumiu o controle.
Aquela velha malícia voltando a controlar todos os meus passos e decisões. Mas dessa vez foi diferente, ele não saiu do lugar, simplesmente paralisou, senti que ele queria agir, mas algo o impedia. Talvez fosse impressão minha ou talvez, só talvez, fosse culpa da falta de espaço em mim, espaço em minha mente, ela tomara conta de quase todos os espaços vazios da minha alma.
Mesmo sem poder tê-la ao meu lado fisicamente, sabia que ela estava ao meu lado, podia senti-la. O silêncio dele quase me fez acreditar que tivesse desaparecido completamente. Mas eu estava enganado.
Anos depois de tanto aprendizado, muitas coisas mudaram. Agora com 26 anos eu já tinha passado por muitas coisas. Um casamento relativamente longo, um ótimo emprego, planos em andamento. Tinha uma vida boa.
Casei com 23 anos. Um relacionamento relâmpago como quase tudo no século vinte e um onde tudo acontece no ritmo da internet. Com a promoção no emprego ficou fácil planejar as coisas a longo prazo.
Eu gostava dela, era importante te-la ao meu lado, alguém com quem eu podia contar nos momentos bons e ruins. Ele havia desaparecido completamente, ou pelo menos era o que eu pensava. E era fácil conviver com Bruna, fácil lidar com os problemas junto com ela. Eu não tinha o que reclamar. Éramos um casal feliz por assim dizer. Morávamos próximos aos nossos pais e isso também era bom, afinal de contas todos nos dávamos bem. Claro que nem tudo eram flores como nada na vida, mas não tínhamos queixas sobre nossos sogros e sogras.
Eu estava terminando mais um curso de aperfeiçoamento para melhorar meu desempenho profissional e Bruna estava a ponto de se formar no curso de agronomia. Nossos amigos eram quase os mesmos e todos os meses nos encontrávamos em algum lugar para jogar conversa fora e beber um pouco. Eu ainda tentava fugir da nicotina, e com a ajuda de minha esposa estava quase conseguindo, faltavam alguns passos para a liberdade dessa droga.
Em um desses encontros Greg, um de meus mais antigos e melhores amigos, meu padrinho de casamento inclusive. Disse que traria sua recente namorada para conhecermos e pediu minha atenção em especial. Para ele era importante que eu a aprovasse, assim como fiz quando levei Bruna.
A maioria dos meus amigos ainda era solteiro quando a levei para conhece-los, e como nossos encontros eram muito agradáveis, e sempre em locais de muito bom gosto, Bruna acabou convidando suas amigas para irem também. Com o tempo eu e ela fomos formando alguns casais e quando Greg deu a notícia todos ficamos felizes porque ele era o último dos solteiros convictos. Graças a um pacto que eu e ele fizemos quando mais jovens.
Aquela velha malícia voltando a controlar todos os meus passos e decisões. Mas dessa vez foi diferente, ele não saiu do lugar, simplesmente paralisou, senti que ele queria agir, mas algo o impedia. Talvez fosse impressão minha ou talvez, só talvez, fosse culpa da falta de espaço em mim, espaço em minha mente, ela tomara conta de quase todos os espaços vazios da minha alma.
Mesmo sem poder tê-la ao meu lado fisicamente, sabia que ela estava ao meu lado, podia senti-la. O silêncio dele quase me fez acreditar que tivesse desaparecido completamente. Mas eu estava enganado.
Anos depois de tanto aprendizado, muitas coisas mudaram. Agora com 26 anos eu já tinha passado por muitas coisas. Um casamento relativamente longo, um ótimo emprego, planos em andamento. Tinha uma vida boa.
Casei com 23 anos. Um relacionamento relâmpago como quase tudo no século vinte e um onde tudo acontece no ritmo da internet. Com a promoção no emprego ficou fácil planejar as coisas a longo prazo.
Eu gostava dela, era importante te-la ao meu lado, alguém com quem eu podia contar nos momentos bons e ruins. Ele havia desaparecido completamente, ou pelo menos era o que eu pensava. E era fácil conviver com Bruna, fácil lidar com os problemas junto com ela. Eu não tinha o que reclamar. Éramos um casal feliz por assim dizer. Morávamos próximos aos nossos pais e isso também era bom, afinal de contas todos nos dávamos bem. Claro que nem tudo eram flores como nada na vida, mas não tínhamos queixas sobre nossos sogros e sogras.
Eu estava terminando mais um curso de aperfeiçoamento para melhorar meu desempenho profissional e Bruna estava a ponto de se formar no curso de agronomia. Nossos amigos eram quase os mesmos e todos os meses nos encontrávamos em algum lugar para jogar conversa fora e beber um pouco. Eu ainda tentava fugir da nicotina, e com a ajuda de minha esposa estava quase conseguindo, faltavam alguns passos para a liberdade dessa droga.
Em um desses encontros Greg, um de meus mais antigos e melhores amigos, meu padrinho de casamento inclusive. Disse que traria sua recente namorada para conhecermos e pediu minha atenção em especial. Para ele era importante que eu a aprovasse, assim como fiz quando levei Bruna.
A maioria dos meus amigos ainda era solteiro quando a levei para conhece-los, e como nossos encontros eram muito agradáveis, e sempre em locais de muito bom gosto, Bruna acabou convidando suas amigas para irem também. Com o tempo eu e ela fomos formando alguns casais e quando Greg deu a notícia todos ficamos felizes porque ele era o último dos solteiros convictos. Graças a um pacto que eu e ele fizemos quando mais jovens.
terça-feira
Malucos são os outros, eu...talvez louco....
As coisas acontecem de forma inesperada, o problema é que eu sempre espero mais. Não dela, mas de mim mesmo. Quanto mais o tempo passa e estou longe dela, mais forte e resistente aos dias e semanas que seguem, meu sentimento por ela se torna.
Não sei como e nem porque e a essa altura não quero mais tentar entender. Não sei o que significa pra ela. Talvez eu até saiba mas fazendo alguma analogia sobre isso; ela provavelmente ME encare como um lugar seguro (ou não), talvez quando ela se sinta carente venha me procurar (ou não), ou também pode ser que sinta o mesmo que eu por ela, e esteja insegura demais para me manter afastado e esperançosa para me manter próximo.
A confusão disso tudo apaga tudo da minha mente e só lembro e penso no que me atrai nela (tudo), movimentos que deveriam ser brusco quando feitos por qualquer outra pessoa, se tornam graciosos e leves. O perfume que me faz ver estrelas, e até mesmo quando esse perfume se vai expulso pelo suor que deveria me repelir, me joga contra ela como um feromonio violento que quando atinge meu cérebro age como morfina sintetizada. O eixo da terra se entorta. Como se a gravidade não tivesse nenhum poder sobre mim, e o que me prendesse ao chão fosse a presença dela.
Seu toque faz meus dedos dos pés adormecerem. Sua voz me tranquiliza. Pode ser que eu nunca me perdoe por ignorá-la por tanto tempo. Pode ser também que eu não seja o melhor para ela e só eu ainda não tenha visto isso. O mais certo (ou não)é que eu deveria me afastar, sumir (again). Não posso, não consigo e nem quero fazer isso (again).
Não é uma escolha, ja lutei com todas as minhas forças para escolher não quere-la e fracassei. Dane-se Platão e seus amores impossíveis, dane-se as histórias que falam desse assunto afinal, os "felizes para sempre" não existem, mas eu sim, mesmo sozinho, serei feliz para sempre pois sei que a terei mesmo que só na memória.
Outra certeza que tenho é que mesmo quando atingir 70 anos "isso" vai estar em mim. Como um pedaço tímido de lenha em meio a uma fogueira apagada, uma pequena lasca de lenha, ainda ardendo timidamente, só esperando uma brisa quente para incendiar o mundo inteiro, esperando a brisa que só ela consegue soprar, quando beija meu pescoço.......
Não sei como e nem porque e a essa altura não quero mais tentar entender. Não sei o que significa pra ela. Talvez eu até saiba mas fazendo alguma analogia sobre isso; ela provavelmente ME encare como um lugar seguro (ou não), talvez quando ela se sinta carente venha me procurar (ou não), ou também pode ser que sinta o mesmo que eu por ela, e esteja insegura demais para me manter afastado e esperançosa para me manter próximo.
A confusão disso tudo apaga tudo da minha mente e só lembro e penso no que me atrai nela (tudo), movimentos que deveriam ser brusco quando feitos por qualquer outra pessoa, se tornam graciosos e leves. O perfume que me faz ver estrelas, e até mesmo quando esse perfume se vai expulso pelo suor que deveria me repelir, me joga contra ela como um feromonio violento que quando atinge meu cérebro age como morfina sintetizada. O eixo da terra se entorta. Como se a gravidade não tivesse nenhum poder sobre mim, e o que me prendesse ao chão fosse a presença dela.
Seu toque faz meus dedos dos pés adormecerem. Sua voz me tranquiliza. Pode ser que eu nunca me perdoe por ignorá-la por tanto tempo. Pode ser também que eu não seja o melhor para ela e só eu ainda não tenha visto isso. O mais certo (ou não)é que eu deveria me afastar, sumir (again). Não posso, não consigo e nem quero fazer isso (again).
Não é uma escolha, ja lutei com todas as minhas forças para escolher não quere-la e fracassei. Dane-se Platão e seus amores impossíveis, dane-se as histórias que falam desse assunto afinal, os "felizes para sempre" não existem, mas eu sim, mesmo sozinho, serei feliz para sempre pois sei que a terei mesmo que só na memória.
Outra certeza que tenho é que mesmo quando atingir 70 anos "isso" vai estar em mim. Como um pedaço tímido de lenha em meio a uma fogueira apagada, uma pequena lasca de lenha, ainda ardendo timidamente, só esperando uma brisa quente para incendiar o mundo inteiro, esperando a brisa que só ela consegue soprar, quando beija meu pescoço.......
Assinar:
Comentários (Atom)